Renuncie governadora Suely Campos!

Governadora Suely Campos, tome a atitude mais nobre do seu governo: renuncie! Em nome e benefício do povo de Roraima.

Não sentimos nenhuma prazer, nenhuma satisfação, mas ao contrário! Sentimos muito pesar em conclamarmos, uma vez mais, que a governadora do Estado de Roraima, Suely Campos, renuncie: RENUNCIE GOVERNADORA! Permita que os servidores públicos das administrações direta e indireta, efetivos e comissionados, vejam alguma luz no fim do túnel, neste finalzinho de ano – e de mandato. A senhora não tem mais o comando de fato do governo. A sua desastrosa gestão naufragou, antes mesmo das eleições. Faltam poucos dias para e entrega da faixa. O que a senhora tinha de fazer, não fez. Pense, pondere, e veja que esta é a atitude que pode apresentar uma possível alternativa para atualizar os salários atrasados, ou ao menos pagar um mês e a segunda parcela do 13° salário. Há servidores que estão há 90 dias – três meses! – sem receber. Ponha a mão na consciência e assine a renúncia!

A senhora governadora não tem mais a governança. As decisões de execução de despesa saem da caneta de um magistrado. O Banco do Brasil não obedece mais as ordens bancárias para pagamento, sem o autógrafo do juiz da Vara da Fazenda. Os poderes impetraram medida cautelar para antecipação do bloqueio do FPE – Fundo de Participação dos Estados – do dia 20 para o dia 09 de dezembro, quando o atual secretário da Fazenda pretendia pagar, ao menos, o mês de outubro para os servidores efetivos. O motivo? A clara desconfiança dos poderes e órgãos com autonomia orçamentária, de que os últimos fluxos financeiros da sua administração sejam desviados para outros fins.

Em suma: a senhora governadora está sozinha, sem domínio da gestão, sem credibilidade, sem moral. O seu governo foi se perdendo a cada ano de mandato. A cada entrevista,  a cantilena de que pegou um estado endividado. Mas houve crescimento da receita tributária própria e das transferências federais. Houve a parte do repatriamento. E nem todo esse montante foi suficiente para equilibrar as contas.

A dívida do Estado está muito maior agora, no fim do seu mandato, governadora. Há a dívida dos consignados, do IPER e INSS – descontos em folha de pagamento que não foram repassados. A senhora, enquanto gestora, literalmente subtraiu do servidor. Apoderou-se de um dinheiro que não era seu, tinha apenas que descontar e repassar para as entidades bancárias, IPER e INSS. E qual será o montante do passivo representado pelos salários em atraso? Somando todos as dívidas: R$ 2 bilhões?

E por fim, a prisão do seu filho e demais acusados raparam todo e qualquer resquício de moralidade que ainda poderia haver no seu governo. Eu imagino e me solidarizo com a dor de mãe, mas eram favas contadas. Excepcional seria não ter acontecido nada.

No caso de renúncia, quem assumir – o presidente da Assembleia Legislativa ou a presidente do Tribunal de Justiça, nesta ordem – pode avalizar um pacto entre os poderes Legislativo e Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público, Ministério Público de Contas e Defensoria, para que retenham dos seus duodécimos apenas o suficiente para pagamento de pessoal, e abram mão do restante, que seria acrescentado ao residual de caixa do governo e usado pra pagamento de pessoal do Executivo, integral ou parcialmente, conforme a possibilidade. O Estado é uno e a fonte da receita é uma só. Basta renunciar, governadora, o quanto antes, que os sindicatos irão propor esse pacto, pressionando os poderes para que aceitem. Já há várias deliberações de greve. O Estado vai parar. Faça a sua parte: renuncie, governadora!

Já em janeiro começa um novo ano civil, com novo orçamento. A ideia do pacto pode ser fantasiosa, mas mesmo assim só pode ser proposta caso a senhora renuncie, governadora. Então faça isso! Assine a renúncia! Será o mais nobre ato do seu mandato. Renuncie, dona Suely!

 

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