RORAIMA – Visão Geral

Perfil do Estado

Este breve perfil do Estado de Roraima é baseado em nosso trabalho de pós-graduação intitulado Roraima – Perfil no Contexto Amazônico e Soberania Nacional, elaborado em 2005.

Introduzimos o estudo com um breve levantamento dos aspectos político-administrativo, populacional e geográfico, com o objetivo de inserir no leitor a perspectiva geofísica e humana do Vale do Rio Branco.

A seguir abordamos os aspectos econômico e político, em primeiro lugar, sob a ótica histórica. O processo de ocupação da Amazônia, que compreendeu quatro fases: o ciclo das especiarias ou drogas do sertão (1500-1860), o ciclo da borracha (1860-1912), o ciclo da pata do boi, e o ciclo dos grandes projetos de modernas empresas.

O processo de ocupação do Vale do Rio Branco, que compreende à atual área do Estado de Roraima, também obedece a quatro estágios: da descoberta do Rio Branco pelos portugueses até o início do século XIX, do início do século XIX até a criação do município de Boa Vista, daqui até a criação do Território Federal do Rio Branco em 1943, e deste ano até aos dias atuais.

A rodovia BR-174 é um marco da história de Roraima. A sua abertura, no governo Médici, compreende a segunda fase do ciclo da geopolítica da segurança nacional. Foto de 1971. Autor desconhecido.

A formação econômica do Estado compreende o ciclo extrativista colonial – que se estende do século XVII até a segunda metade do século XVIII. O ciclo da pecuária e o ciclo da geopolítica da segurança nacional, sendo esta última fase marcada por três etapas: a primeira sob inspiração do Estado Novo, entre 1943 e 1964. A segunda compreendendo o regime militar, entre 1964 e 1991, e a terceira de 1991 até o momento.

A base econômica é composta destacadamente pelo Setor Terciário, sendo o Governo, nas suas três esferas, o principal ofertante de emprego e demandante de bens e produtos. Há uma dependência vital da classe empresarial em relação aos três níveis da administração pública, mas sobretudo do governo estadual, quadro que interfere negativamente no desenvolvimento dos fatores de produção.

Os contornos das ações governamentais e dos raros investimentos privados, em termos de capital, são delimitados pelas questões fundiária, indígena e ambiental. Mas o principal entrave ao desenvolvimento sócio-econômico é o fator político no que tange à conduta dos governos ao longo do trajeto histórico do Estado, sobressaindo, nos planos nacional e internacional, a ausência de governo na condução das questões relacionadas à problemática amazônica, pondo em risco a integridade da soberania nacional na Região.

Como ilustração, nos servimos de uma série de fotos de época, digitalizadas e compartilhadas entre amigos. Infelizmente, na maioria dos casos, não poderemos registrar o crédito da autoria das imagens.