A morte do rato e a execução da Fazenda

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Era uma grande e produtiva fazenda, com o mais rico dos solos. Os animais convivam em harmonia, fartura e bonança. Todos os dias o dono jogava milho pra galinha, punha restos pro porco, sal pro boi e pasto não faltava pro cavalo.

Até que um dia o rato comeu algo envenenado e começou a se contorcer. Alimentados e felizes, os outros bichos não deram a mínima, enquanto o dono da fazenda  ignorava o fato.

A cobra, vendo aquele petisco, resolveu fazer uma boquinha e engoliu o rato envenenado. Logo a cobra também entrou em agonia, e os animais não se importaram. A galinha foi bicar o milho, o cavalo saborear capim, o boi se empanturrar de sal, e o porco fartar-se no babujo.

Desesperada e sedenta, a cobra corre até o camburão d’água, no momento em que a mulher do dono da fazenda resolve lavar roupa no giral. Ao enfiar a cuia na água, é mordida pela cobra. Aos gritos de dor e atordoada pelo envenenamento, a mulher é levada pelo marido no cavalo à galope, que cai na ribanceira e sofre fratura exposta. A mulher também tem sangramento e o seu sangue se mistura ao do cavalo, que morre envenenado. Na queda, o dono quebra o pescoço.

Na fazenda não ficou mais ninguém pra dar milho à galinha, sal pro boi, babujo pro porco. Em breve as pragas daninhas tomam conta do solo. A galinha e o porco morrem de sede e fome, e um ladrão abate o boi. Como ninguém pagou a hipoteca da fazenda, o imóvel foi executado pelo banco.

Moral da história: se alguém tivesse feito algo na morte do rato, todos ainda estariam vivos e a fazenda bela e produtiva. Foi assim que aconteceu na gestão Suely Campos: desde sempre se ouviu falar de malversação do dinheiro público e que o Estado virara um balcão de negócios; assunto pra Polícia Federal e Ministério Público.

Então o governo não pagava as terceirizadas; mas os salários dos servidores estavam em dias e ninguém se importou. Depois não estavam repassando o dinheiro dos consignados, nem do IPER (Instituto de Previdência). Com os salários em dias, tudo bem, uma hora vão ter que repassar esses valores. O calendário de pagamento mudou e passamos a receber no dia 10. Até aí… beleza! Era só se adequar.

Os salários da administração indireta atrasaram: fato isolado, são elefantes brancos mesmo. Atraso dos comissionados – quem mandou não estudar pra concurso? E “de repente”… crash! Não tem mais salário pra ninguém! – e a Fazenda foi executada.

Presidente de Sindicato do Judiciário descarta utilização de fundos para pagamento de salários atrasados

Luiz Cláudio, presidente do SINTJURR: os fundos são institutos legais e não podem ter os recursos remanejados para pagamento de pessoal

Na tentativa de encontrar uma solução para o atraso do pagamento dos salários dos servidores públicos, o presidente do SINTRAIMA – Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima, Francisco Figueira, propõe que os poderes Judiciário e Legislativo abram mão de parte dos seus duodécimos e retirem as ações que impõem bloqueio das contas do Tesouro estadual, assim como, transfira para o Tesouro o que diz ser fundos de aplicação financeira desses poderes.

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Servidores prometem paralisar o Estado de Roraima

Sindicalistas fecham a sede da SEFAZ

Em meio a duas operações da Policia Federal, Escuridão e Tântalo, que investigam o desvio de recursos públicos no fornecimento de marmitas para os presídios, e de gêneros alimentícios da merenda escolar, respectivamente, levando às prisões, inclusive, do filho caçula da governadora Suely Campos, Guilherme Campos, e do ex-secretário adjunto das secretarias da Educação, Fazenda, Casa Civil, e atualmente adjunto do Gabinete Institucional do Palácio Senador Hélio Campos, Shiská Pereira, os servidores do Executivo entram no terceiro mês sem receber os salários e, o pior!, sem quaisquer perspectivas de receber. Alguns servidores da administração indireta, como CERR – Companhia Energética de Roraima, e ITERAIMA – Instituto de Terras de Roraima, já então entrando para quarto mês – 120 dias! – sem receber salários. Por conta disso, nesta terça-feira, 05, expressiva maioria das categorias de servidores públicos resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado, até que se resolva a questão salarial.

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Renuncie governadora Suely Campos!

Governadora Suely Campos, tome a atitude mais nobre do seu governo: renuncie! Em nome e benefício do povo de Roraima.

Não sentimos nenhuma prazer, nenhuma satisfação, mas ao contrário! Sentimos muito pesar em conclamarmos, uma vez mais, que a governadora do Estado de Roraima, Suely Campos, renuncie: RENUNCIE GOVERNADORA! Permita que os servidores públicos das administrações direta e indireta, efetivos e comissionados, vejam alguma luz no fim do túnel, neste finalzinho de ano – e de mandato. A senhora não tem mais o comando de fato do governo. A sua desastrosa gestão naufragou, antes mesmo das eleições. Faltam poucos dias para e entrega da faixa. O que a senhora tinha de fazer, não fez. Pense, pondere, e veja que esta é a atitude que pode apresentar uma possível alternativa para atualizar os salários atrasados, ou ao menos pagar um mês e a segunda parcela do 13° salário. Há servidores que estão há 90 dias – três meses! – sem receber. Ponha a mão na consciência e assine a renúncia!

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Juiz determina que as receitas do dia 20 devem ser direcionadas para pagamento dos servidores

O juiz da Vara da Fazenda Pública, Aluizio Ferreira Vieira, em ofício ao gerente de serviços da agência do Setor Público do Banco do Brasil, conforme decisão monocrática de sua lavratura, determina que os repasses do FPE – Fundo de Participação dos Estados dos dias 30 e 10 de cada mês devem ser direcionados, prioritariamente, aos valores relativos aos bloqueios judiciais e eventuais dívidas do Estado com o Sistema Financeiro Nacional, e que as receitas do dia 20 são prioritariamente direcionadas para o pagamentos dos servidores públicos. Veja o ofício na íntegra:

Ofício do juiz da Vara da Fazenda Pública ao gerente do Banco do Brasil

Servidores fazendários se reúnem para decidir sobre falta da pagamento, e podem lacrar todos os caminhões no Posto Fiscal Jundiá para deslacre em frente ao Palácio do Governo

Os servidores fazendários reuniram-se na manhã desta sexta-feira, 19, no pátio da SEFAZ, para discutir e deliberar acerca dos salários atrasados. Dentre as propostas estão: operação padrão nos postos fiscais e na seda da Secretaria, e a fundamentação jurídica para pedido de intervenção no Governo do Estado. Outra proposta, que deve entrar em ação já neste final de semana, é lacrar todos os caminhões que passarem no Posto Fiscal Jundiá para deslacre e conferência da mercadoria aqui em Boa Vista, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos.

Em reunião com os presidentes dos sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais, Jorge Teixeira, e dos Técnicos do Tesouro Estadual, Genival Mota, o novo Secretário da Fazenda, Enoque Rosas, disse que ainda pela manhã haveria uma reunião entre o Procurador Geral do Estado, Ernani Batista, o gerente do Banco do Brasil, agência Setor Público, Mário Marcos de Alcântara, e o Juiz da Vara da Fazenda Pública, Aluízio Ferreira Vieira,  para tentarem construir uma saída pro pagamento dos salários.

“Pedi ao sercretário que nos mantenha informados sobre o resultado dessa reunião, pois iríamos deliberar sobre os lacres das cargas para deslacre em frente ao Palácio do Governo, a partir deste final de semana, como forma de protesto pelo não pagamento dos salários”, informou o presidente do Sindicato dos Fiscais, Jorge Teixeira.


Governo do Estado joga a toalha: não tem mais como pagar pessoal até o fim do ano. Servidores entrarão em greve

Em nota, o Governo estadual alega que os descontos do FUNDEB, Saúde e bloqueios judicias impossibilitam o pagamentos dos servidores.

Há vários meses o Governo do Estado de Roraima tem inadimplido o pagamento de salários de servidores. Inicialmente o grupo mais penalizado foi o da Administração Indireta. Depois incluiu-se os comissionados da Direta. E agora, no pagamento referente ao mês de setembro, entrou todo mundo. Em nota, o Governo alega que “devido ao panorama negativo de recursos disponíveis, dado aos bloqueios judicias e descontos automáticos do Fundo de Participação do Estado, ainda não foi efetuado o pagamento dos servidores da administração direta, exceto os servidores da Secretaria de Educação”.

O FPE – Fundo de Participação dos Estados, é repassado pela União, em regra, nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Usualmente a administração honrava as despesas de pessoal com a parcela do dia 30. A do dia 20 era usada para os repasses do duodécimo aos poderes Legislativo e Judiciário, e aos órgãos com autonomia financeira: Defensoria Pública, Universidade Estadual, Administração Indireta. Mas o calendário original foi alterado, ficando o pagamento da Direta para cada dia 10. Até então, servidores de autarquias como ITERAIMA – Instituto de Terras de Roraima – recebiam no dia 30 de cada mês. Mas o pessoal da CODESAIMA – Companhia de Desenvolvimento de Roraima – teve seus salários atrasados por meses, e a situação só foi regularizada devido à intervenção judicial imposta na Companhia. Hoje o ITERAIMA já entrou no segundo mês sem pagar os seus servidores, tanto efetivos quanto comissionados. A CER – Companhia Energética de Roraima – não recebe desde julho. Sindicatos de servidores estão se mobilizando a fim de equacionar e encontrar uma solução para o problema. Mas ameaçam greve para amanhã.

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