Manifesto acusa candidatura Bolsonaro de ser ameaça à democracia. Seria mesmo Bolsonaro a ameaça?

O manifesto Democracia Sim, assinado por personalidades como Alexandre Nero, Alessandra Negrini, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Dimenstein, Ivo Herzog, Drauzio Varella, Miguel Reale Jr. e outros, faz a seguinte acusação: “(…) mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós“. Os autores afirmam que os signatários têm perfis diferentes, trajetórias pessoais e públicas variadas, com defesas de causas, ideias e projetos distintos para o Brasil, “muitas vezes antagônicos”.

O documento não postula em favor de outra candidatura, apenas a rejeição de Bolsonaro: #elenão. Em entrevista para o site da revista Veja, o advogado José Marcelo Zacchi diz que “o texto foi redigido por cerca de quinze pessoas (grifamos), que são ligadas a movimentos de renovação política como o Nova Democracia e o Pacto Pela Democracia, entre outros”. Zacchi diz ainda que o “processo transcorreu nas últimas quatro semanas, mas que o alarme foi aceso diante de declarações recentes da campanha do PSL, que aumentaram nesses grupos o receio de uma ruptura democrática no país”. O advogado e apresentador do programa Navegador, da Globo News, afirma que o manifesto foi “assinado por cerca de 350 personalidades, entre artistas e especialistas de diferentes áreas e tendências ideológicas”.

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Campanha difamatória contra Bolsonaro abafa o que realmente deve ser debatido: a corrupção nos anos PT e a atual conjuntura brasileira

Imagem relacionadaA polarização do processo eleitoral entre a esquerda e Jair Bolsonaro tem resultado em acirrada campanha difamatória contra o candidato à Presidência pelo PSL – Partido Social Liberal. A Tag #elenão tem ocupado um espaço nas redes sociais – hoje o principal palco de discussão – que deveria ser usado para o que realmente interessa: os anos de corrupção do governo PT, o Mensalão, o Petrolão, o rombo no BNDES, a Operação Lava Jato e seus desdobramentos, os rombos nos fundos de pensão da Petrobrás e Correios, a situação da economia, da segurança, saúde e educação no País. Afinal, após 21 anos de governos de esquerda – oito do PSDB e mais 13 do PT -, o catastrófico quadro aqui descrito en passant é legado destes dois partidos.

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