O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a sua segunda condenação na Operação Lava Jato: 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt. A pena é decorrente do processo que apurou o recebimento de propinas pelo ex mandatário, benesse configurada pelo sítio de Atibaia.
Antes elevado à potência máxima da elite política e econômica brasileira, fantasiado de operário do setor metalúrgico, retirante da seca do Nordeste que chegou à Presidência da República, hoje Lula é uma caricatura de si mesmo: da sua figura humana, da sua figura pública e da sua história.
O tempo não costuma ser benevolente com as suas vítimas, ou seja, todos os seres biológicos. Todos nós nascemos, florescemos, damos frutos, murchamos e morremos. Mas alguns não são todos: são seres especiais. E Lula era um desses, como Mao Tsé Tung, Stálin ou Hitler. Os dois primeiros definharam em face da velhice, mas morreram em pleno poder, suas diabruras foram divulgadas ao mundo após suas mortes. O terceiro – reza a lenda – suicidou-se ainda jovem, mas em franca decadência física, mental, e já deposto. Os três, contudo, passaram para a História, apesar do que fizeram – ou pelo fato de terem feito.
Dos três exemplos, Lula assemelha-se ao terceiro. Como Hitler, embora mais velho, o ex-metalúrgico de fachada está em franca degradação física em tempo acelerado. Não há registro de Parkinson, mas a decadência moral está exposta. E o seu poder, tanto quanto Hitler, se resume aos vassalos que se sub servem em seu entorno político. Aos poucos vai parecendo um rato velho.
É doloroso dizer isso de alguém que já representou o Brasil. Mais doloroso ainda reconhecer que tudo era uma farsa. Sim, infelizmente, uma grande farsa, que se não iludiu a todos, infortunadamente iludiu a uma maioria no Brasil e no mundo. Hoje ainda ilude a uns poucos que insistem em dar-lhe algum crédito.
Não vemos mais perspectivas de futuro político para Lula, seja devido à prisão, cujas penas irão se somar – e ainda outras condenações virão -, seja pela sua minguante liderança – a maioria dos que o bajulam está interessada tão somente nos restos de dividendos eleitorais que lhe sobraram -, seja pelo tempo. Sim, mais uma vez o tempo. Lula está velho, decadente, definhado. Talvez sequer tenha tempo para cumprir os anos de prisão que lhe impôs o ordenamento jurídico. Enfim, Lula atinge hoje o objetivo que, talvez inconscientemente, sempre buscou: uma caricatura degradante de si mesmo.