O jornalista William Waack comenta a segunda condenação do ex-presidente Lula neste vídeo do seu canal no YouTube – WW -, e chaga, em geral, às mesmas conclusões que chegamos em nosso artigo “Lula da Silva: uma caricatura de si mesmo“.
decadência do PT
Lula da Silva: uma caricatura de si mesmo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a sua segunda condenação na Operação Lava Jato: 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt. A pena é decorrente do processo que apurou o recebimento de propinas pelo ex mandatário, benesse configurada pelo sítio de Atibaia.
A decadência eleitoral do PT. *De Lua.
Aqui pensando com meus botões sobre as represálias que a caravana do PT, em plena campanha eleitoral, recebeu do povo da Região Sul. É um marco da decadência eleitoral do partido. Melhor dizendo: de Lula da Silva. A menos que a memória me traia, o Rio Grande do Sul foi um notório reduto petista. Olívio Dutra foi eleito prefeito de Porto Alegre em 1988, iniciando 16 anos consecutivos de administração petista – Tarso Genro o substituiria em 1992, Raul Pont em 1996. Em 2000 Tarso Genro volta à prefeitura de POA, mas renuncia em 2002 para concorrer ao governo do Estado, sendo substituído por outro petista: João Verle – e derrotado por Germano Rigotto do PMDB. Dutra se elege governador em 1998. E agora os gaúchos capitaneiam a rejeição do eleitorado brasileiro ao líder petista.
Além disso, essa história dos tiros em ônibus da caravana está muito mal contada. Estão surgindo controvérsias. Mas o fato é que, fora os disparos por arma de fogo – o que é lamentável e deve ser rigorosamente apurado -, a militância petista sempre utilizou o instituto da intimidação, e agora me parece acuada. Talvez a inelegibilidade de Lula por ser Ficha Suja seja uma saída honrosa, dando uma sobrevida ao mito.
A Alienação da Esquerda Petista
Eu nasci em janeiro de 1965, menos de um ano após o golpe de 64, em plena era Castelista, referência ao primeiro presidente militar Humberto de Alencar Castelo Branco. Conforme a série de livros-documentos escritos pelo jornalista Elio Gasperi, foi o período da Ditadura Envergonhada: não houve tortura institucionalizada, o presidente demonstrava o firme propósito de entregar o cargo a um civil eleito pelo voto direto, o movimento “revolucionário” tinha amplo apoio popular e empresarial.