Historicamente os candidatos de direita não empolgam o eleitor brasileiro. E quando nos referimos à direita, queremos expressar a proposta do Estado mínimo, que incentiva e facilita a iniciativa do indivíduo, com menos burocracia na constituição legal de empresas, ampliação do campo de atuação da iniciativa privada, sem a concorrência desleal do próprio Estado, seja diretamente, como proprietário dos meios de produção, seja indiretamente, na corrupção das despesas governamentais e gestão das empresas estatais e paraestatais, carga tributária não confiscatória e livre relação capital-trabalho. Não ao assistencialismo. Foco de atuação voltado para a segurança externa e interna, e infraestrutura básica. Saúde e Educação, a rigor, também ficam a cargo da iniciativa privada. Enfim, um Estado em que as diretrizes da economia e, consequentemente, das relações sociais, sejam definidas pelo mercado, e não por planos econômicos. Prova disso que os candidatos capitalistas têm sempre desempenho pífio: Antônio Ermírio de Moraes, Silvio Santos, Guilherme Afif Domingues e, pelo menos por enquanto, Flávio Rocha (PRB). Alguns sequer conseguem formalizar a candidatura, pois, em regra, o “sistema” escolhe e elege burocratas representantes de velhas oligarquias políticas.