É clichê, mas 2018 ainda não acabou. Tivemos carnaval, Copa do Mundo, eleições federais, estaduais e muitos, muitos acontecimentos entre um evento e outro. Eventos inéditos, nunca antes vistos na história deste país. O estado de Roraima não deixou a desejar: atraso nos salários dos servidores do Executivo, dívidas bilionárias, prisão do filho da governadora e membros do primeiro escalão, além de duas intervenções federais – a primeira no sistema penitenciário e, não sendo o suficiente, a intervenção geral, com tropa militar na Fazenda e Planejamento. Por conta do esfaqueamento sofrido durante a campanha, o hoje presidente Jair Bolsonaro acaba de sofrer a terceira intervenção cirúrgica, desta vez para retirar a bolsa de colostomia.
Nas redes sociais a campanha presidencial continua a pleno vapor para muita gente, sobremaneira para os membros da “resistência”. Apesar da terceira intervenção cirúrgica, ainda são anunciadas matérias bombásticas que revelarão a falsidade do atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro. A “grande imprensa” promove clara campanha contra o senador eleito Flávio Bolsonaro, acusado, junto com sua assessoria, de realizar movimentações financeiras “suspeitas”, conforme investigação do COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras, antes do âmbito da Secretaria da Receita Federal – Ministério da Fazenda -, agora no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
É claro que Flávio e seus assessores terão que explicar as movimentações, mas só eles? Apesar de que o erro de um não justifica o erro do outro, ao que nos consta, ele é o 17º no ranking do relatório do COAF, que envolve boa parte dos deputados estaduais do Rio de Janeiro, dentre os quais notórios expoentes da esquerda, o que me lembra um personagem de antigo programa humorístico: Planeta dos Homens, no qual um dos personagens, caracterizado como macaco, era acusado de alguma coisa. Ele colocava a mão na testa mirando o horizonte e perguntava: “Só eu? E o resto?”
E as críticas da “resistência” propagada pela esquerda tupiniquim não param por aí: participação do presidente em Davos, ações do mandatário na tragédia de Brumadinho (MG), acusando-o de corresponsável por apoiar a privatização de empresas públicas, sobrepondo o capital aos interesses “sociais”, quando, na prática, o “interesse social” na maquina administrativa pública durante o reinado petista resumiu-se ao aparelhamento dos órgãos pela militância político-partidária e associados.
Hoje podemos ver que o país estava se afundando numa lama de corrupção, evasão de dinheiro público para empresas corruptora e nações “ideologicamente alinhadas”. Recursos do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – financiaram obras superfaturadas nesses países “irmãos” para construtoras hoje investigadas pela Lava Jato. Claro que o PT e afilhados recebiam o correspondente pixuleco para financiar campanhas eleitorais e vinhos caros para Lula, Gleisi, Dirceu & Cia.
E pensar no constrangimento que estaríamos sofrendo hoje, com o governo brasileiro apoiando política e economicamente o governo “democrático” de Nicolas Maduro, com o povo venezuelano sendo barbaramente exterminado pela violência, doenças, milícias, e tendo que refugiar-se em outros países para, simplesmente, não morrer de fome. E tudo isto sem qualquer censo crítico da esquerda tupiniquim, que apoia incondicionalmente o ditador bolivariano.
Militância pró-Bolsonaro nas redes sociais? Rebater as acusações e manobras da esquerda? Não creio que haja mais espaço para tais atitudes. É simplesmente ignorar essa baboseira toda. Bolsonaro foi eleito. É o presidente do Brasil, gestor da Nação. Não há apoio incondicional, governo e governante estão submetidos às críticas do cidadão de boa fé. Mas desestabilizar a Administração simplesmente em virtude de cores partidárias é atestado de burrice, ou de pura maldade.
Todos os dias evito ler posts idiotas de amigos virtuais – alguns amigos pessoais – motivados apenas pelas cores partidárias – aliás, pela cor partidária: o vermelho. Constatada a falta de fundamento, simplesmente não leio mais, não curto, não comento. Crítica procedente: análise dos fundamentos. Verificação de veracidade. Julgamento conforme o contexto. Repetimos: não há apoio incondicional, não há endeusamento. Mas também não há endemoniamento. Governo e governantes são novos – ainda bem! Votamos em Bolsonaro por isso. Ele não se elegeu. Nós o elegemos. Estão aprendendo enquanto fazem – learning-by-doing. É assim em todos os novos governos. E quando comparo ao cenário que estaríamos vivendo se Haddad fosse o eleito, tenho certeza que estamos potencialmente melhor.