Ainda estamos em 2018. A transição está sendo gradativa. É preciso que os setores da esquerda conservadora despertem e percebam que as coisas estão mudando, com ou sem “resistência”.
O comentário acima foi escrito na apresentação de um artigo deste blog no Facebook. Um amigo comentou: “Esquerda conservadora é ótimo… kkk”. Eu respondi:
A esquerda é conservadora em toda a nossa experiência histórica, uma vez no poder. Não admite adversários, eleições livres e diretas. Não tolera posições contrárias.
A propaganda ideológica implantou no consciente coletivo que esquerda significa democracia, liberdade de expressão, liberdade de identidade sexual, respeito aos direitos humanos, direito das “minorias” – em uma palavra: progressista –, enquanto direita é sinônimo de conservadorismo social, oposto a todas as liberdades e direitos.
A experiência histórica demonstra que as coisas não são bem assim. Todas as liberdades e direitos hoje utilizados como estandartes pela esquerda surgiram em países ditos capitalistas, em sociedades liberais conservadoras. Na prática os governos de esquerda tornam-se radicais conservadores quando assumem o poder, não admitindo alternância, adversidades, heterogeneidade de pensamento, ou seja: rejeitam os valores da democracia ocidental.
Infelizmente este é um fato que estamos vivenciando atualmente no Brasil. Jair Bolsonaro era o candidato da extrema-direita, porta-voz da violência urbana ao defender o uso de armas pelo cidadão. O candidato da esquerda era o cavaleiro da democracia e da liberdade, prometendo “desencarcerar” os presos por “pequenos delitos”. E quem sofreu uma facada em atentado contra a vida? O candidato da direita. E por quê? Segundo o próprio Adélio, autor da facada, tentou matar Bolsonaro porque não gostava do seu discurso, “sentia nojo só de ouvir”. E quantos de nós não se indispôs ou mesmo perdeu amigo da esquerda durante a campanha devido à intolerância?
É certo que as esquerdas – PT, PSOL & Cia – não aceitam a derrota e vão tentar desestabilizar o governo Bolsonaro de qualquer jeito, mesmo que para isso levem o país ao caos na Segurança, social e econômico. Têm gordura pra queimar. Nas últimas décadas as universidades têm produzido intelectuais orgânicos que hoje atuam na imprensa, nos meios culturais e, principalmente, nas escolas e nas próprias universidades, formando cientistas jurídicos que serão delegados, promotores e procuradores de Justiça, juízes e defensores públicos. Políticos ocupantes de cargos no Legislativo e no Executivo.
Está clara a formação de uma ampla frente de esquerda, não só no Congresso Nacional, mas com repercussão na imprensa, órgãos e entidades internacionais que tentarão, por todos os meios, descredibilizar, não só o governo Bolsonaro, como todos os governos liberais que estão se implantando, sobretudo na América Latina, que era a grande esperança da esquerda internacional.
Neste sentindo, o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, cujo companheiro, David Miranda, substituirá Jean Wylys na cadeira de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, já começou a artilharia. Divulgou um vídeo no qual acusa o “Clã Bolsonaro” de corrupção, envolvimento com milícias e, inclusive, deixa a entender participação indireta no assassinato da vereadora Marielle Franco, também do PSOL.
Tarefa para o lar: pesquisa sobre alternância de poder, direitos humanos, minorias LGBT+, minorias raciais, distribuição de renda e acesso a serviços públicos como Saúde e Educação nos países “socialistas/progressistas” como Rússia, Cuba, Coreia do Norte, Nicarágua e Venezuela, com destaque para a China Maoista e os países da Cortina de Ferro durante a Guerra Fria.