O médico Wirlande da Luz é o nosso convidado de hoje. Foi pediatra do meu filho mais velho e, vinte anos depois, do meu filho caçula. É casado com Clymene Tomas da Luz e pai de três filhos: Caroline da Luz – advogada especialista em direito legislativo e ciências políticas, Stéphane da Luz – médica oncologista, e Felipe da Luz – advogado especialista em processo civil. Nasceu em Boa Vista, 63 anos, filho de Celestino da Luz e Santinha da Luz. Cursou o primário nas escolas Lobo d’Almada e Oswaldo Cruz, e o ginasial no Monteiro Lobato. Cursou o nível médio na Escola Técnica Federal do Pará e medicina na UFPA – Universidade Federal do Pará.
Além de exercer a medicina há 35 anos, foi secretário de Saúde de Boa Vista por dois mandatos, diretor do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, diretor de implantação do Hospital da Criança Santo Antônio, diretor da AMB – Associação Médica Brasileira, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima, Conselheiro Federal de Medicina (atualmente no 3° mandato), membro da Comissão de Assuntos Políticos CFM/AMB/FMB, professor colaborador da Faculdade de Medicina da UFRR, presidente da Unimed Boa Vista (atualmente no 2° mandato) e doutorando em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal.
Você é o primeiro suplente do senador Romero Jucá (MDB) e agora pretende ser candidato a deputado federal, tendo se filiado recentemente ao PROS – Partido Republicano da Ordem Social. Houve alguma cisão com o grupo político do senador Romero Jucá? Qual a perspectiva de composição do PROS com outros partidos nas próximas eleições?
Saí do MDB, partido do senador Romero Jucá, porque o partido se desviou dos seus princípios éticos, o que vai contra os meus princípios morais e minha formação familiar.
Filiei-me ao PROS, partido que vem ao encontro da postura na qual tenho me mantido durante toda a minha vida, e onde viabilizaria minha eleição. Temos perspectiva muito forte de coligação com o PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro. Até às convenções partidárias, que se darão em junho, é possível compor com outros partidos.
Qual é a plataforma programática da sua campanha, uma vez confirmada a candidatura a uma vaga na Câmara Federal?
Tenho me posicionado favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento, contra o foro privilegiado, revisão do auxílio moradia, mais recursos para o SUS, carreira de Estado para médico do SUS, e mais recursos para a educação em todos os níveis, para que se possa qualificar e atualizar nossos professores. Política salarial digna para o servidor público.
Somo favoráveis também à revisão da proposta de reforma da previdência, pois a proposta que o governo apresentou não me parece ser a mais sensata.
É necessário o aumento do orçamento da segurança pública, que precisa ser vista como segurança do Estado Brasileiro, pois já deixou de ser apenas responsabilidade dos governos estaduais. É preciso modernizar o aparato policial, aumentar o efetivo e manter treinamento constante das nossas forças policiais. Nosso sistema prisional hoje não recupera ninguém e ainda põe em risco a vida dos presidiários e dos agentes carcerários. Os presídios necessitam ser urgentemente reconstruídos e modernizados, além de precisarmos criar mais penitenciárias de segurança máxima.
Pretendemos ainda uma reforma eleitoral profunda, com mandato de 5 anos, sem direito a reeleição e redução do número de partidos políticos. Hoje temos 35 partidos políticos. Cada um tem um “dono”. O número excessivo de partidos favorece o balcão de negócios entre o Executivo e o Legislativo, abrindo uma enorme porta para a corrupção.
Redução do número de assessores nos gabinetes, seguro saúde só enquanto estiver no exercício do mandato e fim da aposentadoria como parlamentar. Redução da carga tributária sobre as empresas, incentivo ao agronegócio. Criar leis que fortaleçam as empresas nacionais, para que se possa gerar mais empregos, pois não se acaba a miséria de um país destruindo suas empresas.
Fortalecimento e ampliação do nosso aparato de fronteiras. Nossas fronteiras precisam ser mais protegidas, tanto nas questões de segurança como nas questões sanitárias. Inclusão social pelo esporte e cultura através da música e teatro.
Estes são pontos que devem ser avaliados urgentemente nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal.
Como você vê o processo sucessório, ante os nomes que já se manifestaram pré-candidatos ao Governo do Estado? Pretende subir no palanque de alguém?
O processo sucessório no Estado está começando a se desenhar agora. Com a desistência da prefeita Teresa, o que temos pela frente são três grupos disputando o Executivo: Anchieta Junior, Suely Campos e Antônio Denarium. O PROS não lançará candidato a governo e ainda está muito cedo para afirmar que grupo vamos apoiar. Com certeza apoiaremos o que for menos ruim para Roraima, já que não sabemos qual o programa de governo de nenhum deles. Ou melhor, o programa de governo dos pré-candidatos Suely e Anchieta já podemos prever. Vamos ver o programa de governo do pré-candidato Antônio Denarium.
E quanto ao processo sucessório nacional? Nós sabemos que a bancada federal roraimense tem pouco poder de barganha, devido ao reduzido número de deputados. É difícil, pois, fazer oposição ao presidente. E o cenário nacional ainda é incerto, em face da incerteza da candidatura Lula. De qualquer forma, o nome do deputado Jair Bolsonaro tem disparado nas redes sociais. Qual a sua análise desse contexto, considerando que em 2019 poderá estar na Câmara Federal?
Não tenho dúvida de que apoiarei o pré-candidato Jair Bolsonaro. É o único que pode resgatar a moral, a ética e a dignidade dos brasileiros. Não concordo com tudo que ele fala, mas é o único que ainda me dá esperança.
Qual a sua análise da questão imigratória em Roraima, e dos venezuelanos em especial? Parafraseando a chanceler alemã Angela Merkel, não há Roraima para todos: não há bancos escolares, leitos hospitalares ou atenção básica que atenda a população nativa e os milhares de venezuelanos que cruzam diariamente a fronteira. Você acha que pode haver uma solução para o problema, ou só medidas paliativas? Quais são as suas propostas para esta questão?
A questão imigratória que estamos vivendo é muito delicada. Por um lado, temos milhares de venezuelanos, entre eles, mulheres e crianças já desnutridas, fugindo da fome e do terror que se instalou em seu país. É preciso ver isso com outros olhos, e não com esse sentimento de profunda repulsa. Mas, não podemos negar que, no meio destes, vêm muitos venezuelanos que já eram bandidos, estupradores e violentos assaltantes na Venezuela. A maioria, contudo, é gente de bem que ainda tem esperança de um dia voltar ao seu país e reconstruí-lo.
O Estado não tem a mínima condição de atender e controlar um fluxo migratório desta magnitude. Já não há assistência à saúde, educação e moradia para os que aqui moram. O Governo Federal e os organismos internacionais, como a ONU, têm que intervir e assumir a responsabilidade sobre a questão, por dois motivos principais: recursos financeiros e experiência nesse tipo de ação. E tem que ser logo, não pode ser com essa burocracia toda que estamos vendo.
O controle sanitário tem que ser mais eficiente, pois há casos de doenças que já não se via mais por aqui, como o sarampo, que se alastrou pelo Estado e além de nossas outras fronteiras.
Também parafraseando o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, provavelmente no Brasil a mãe de todas as batalhas seja o combate à corrupção na Administração Pública, nas suas três esferas de poder: federal, estadual e municipal, compreendendo também instituições como o Poder Judiciário, órgãos de controle externo e mesmo as máquinas fiscais. Você concorda que a corrupção seja o maior dos males brasileiros? Como poderá atuar na Câmara Federal no combate à corrupção?
A corrupção é sem dúvida repugnante. A corrupção mata as pessoas a curto, médio e longo prazo. Nos mata fisicamente, intelectual e moralmente. O combate à corrupção deve ser implacável pelos órgãos fiscalizadores. No entanto, o maior e mais eficiente órgão de fiscalização é o cidadão. O combate à corrupção deve começar na hora do voto. Não podemos esperar que a justiça resolva sozinha este grande mal, pois a justiça é lenta e também tem seus corruptos.
O primeiro passo para um parlamentar agir no combate à corrupção é não ser corrupto.
Gostei das Colocações Do Meu Pré-Candidato..Esse É Confiável.Parabens Dr.Wirlande da Luz
O Dr
.Virlande foi muito feliz na sua entrevista o Brasil precisa de pessoas como ele honesto de bons proncipios e vontade politica para ajudar o Pais e porque não o Estado do de Roraima.