O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, virá ao Brasil nos dias 26 e 27 de junho para ver a situação dos refugiados venezuelanos na cidade de Manaus. Não virá a Boa Vista, conforme veiculado na grande imprensa nacional. Pence anunciou em abril, enquanto participava da Cúpula das Américas, no Peru, que o seu governo doará US$ 16 milhões para ajuda aos venezuelanos, parte dos quais destinados a grupos de acolhimento na Colômbia e Brasil.
A questão que fica no ar é: por que o vice-presidente Pence não será trazido a Boa Vista, e mesmo a Pacaraima, já que Roraima é a unidade federativa que mais sofre o impacto da imigração, e que mais precisa da aplicação desses recursos? O que não significa que o dinheiro será gerido pelos executivos estadual ou municipais, mas pelo próprio Alto Comissariado da ONU, a quem será direcionada a maior parte.
A ajuda financeira será aplicada na aquisição de água, provisões de higiene, refúgio, proteção da violência e da exploração, e oportunidades de trabalho e educação, segundo informou o Departamento de Estado americano em comunicado. Do total de fundos, a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) repartirá US$ 3,5 milhões entre organizações locais, enquanto o restante irá para o Acnur – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Em Boa Vista há vários grupos de acolhimento de iniciativa popular, e pelo menos um da Igreja Católica, os quais são custeados por contribuições dos próprios promotores e amigos.
O vice de Trump encontrará o presidente Michel Temer em Brasília e, juntos, irão visitar os venezuelanos refugiados em Manaus. O embaixador brasileiro em Washington, Sergio Amaral, declarou que “Vai ser uma oportunidade para mostrar tudo o que o Brasil está fazendo”.
Até agora desconhecemos qualquer pronunciamento de parlamentares da bancada federal de Roraima sobre a visita do vice de Trump.