Homenagem aos amigos que se foram em 2020 – o ano que ainda não acabou

O ano de 2020 ainda não acabou. Estamos sofrendo mais uma onda da COVID-19 e, no que pese as esperanças sobre as vacinas que começam a ser aplicadas no mundo – menos no Brasil -, o futuro, quanto à pandemia, ainda é incerto. Creio que da minha geração até à presente, nunca vimos tantas pessoas desencarnando: em série, quase ao mesmo tempo. São amigos/colegas de trabalho/conhecidos/parentes próximos, distantes/familiares queridos.

Fazemos aqui uma homenagem àqueles que se foram em 2020, antecipando-nos na volta ao plano espiritual. São pessoas com as quais tive contato, em maior ou menor grau. Com várias tive o privilégio de desfrutar da intimidade pessoal, como a querida Marcia Seixas. Me reservo a omitir a causa mortis daqueles que não foram vítimas da COVID. Mas, como forma de alerta, assinalamos os levados por essa doença – que não pode, sob hipótese alguma, ser minimizada.

Desde já pedimos perdão àqueles que esquecemos neste momento, pois, infelizmente, a galeria de homenagens não esgota a relação dos que fizeram a passagem antes de nós, que, como todos, também estamos passíveis de atravessar o Estinge antes do que pretendíamos.

Eliseu Campos. Colega de trabalho. Pessoa de excelente trato, atencioso. O semblante da foto revela a mansidão e o desprendimento do espírito evoluído.
Andrezinho. Amigo de infância. Grande músico, cantor. Da última vez em que nos vimos neste plano, estava tocando com a banda em um supermercado e me dedicou Tempo Perdido, da Legião Urbana.
Newton Madeira. Colega de trabalho. Pessoa companheira e, não só por ser evangélico, manso e pacífico por natureza. Alma evoluída, cuja passagem foi antecipada pela COVID.
Regina Ramos, a amiga do esporte. Colega de trabalho e amiga. Além de trabalharmos juntos por mais de duas décadas, cursamos Direito juntos. Não resistiu à COVID.
Marcia Seixas. Jornalista/radialista. Trabalhamos juntos como jornalistas em campanha eleitoral. Amigo próximo dela e do ex-marido, fui tesoureiro do Sindicato dos Jornalistas de Roraima, quando da sua gestão na presidência da entidade.
Professor Newton Campos. Alma boa, iluminada, sempre com uma conversa leve, descontraída. Pai, marido e avô exemplar. Sogro do meu irmão, avô dos meus sobrinhos.
José Carlos Gonçalves. Colega de trabalho e amigo. Além de servidor público também era empreendedor. Ultimamente só falava na aposentadoria, que já estava próxima. Cheio de vida, com perspectiva de um futuro ainda mais próspero e produtivo no campo profissional. Amava a esposa, os filhos e a mãe. Infelizmente, a COVID interrompeu seus planos.
Luiz Fernando Possebom. Conheci no período em que encerrava minha carreira de jornalista e iniciava a de economista. Foi diretor do SEBRAE Roraima, numa época em que eu dava consultoria naquele órgão. A partir daí nos encontrávamos sempre, e ele sempre mais esbelto, cheio de vida com seus hobbies.
Dona Dalvina. Mãe e vó exemplar. Esteio e cumeeira da sua família. Cumpriu com louvor a missão designada pelo Pai.
Madinho Paiva. Trabalhamos juntos. Não tinha tempo ruim, sempre disposto e com boa vontade. Apaixonado por futebol, especialmente o roraimense. Vítima da COVID.
Marzinho de Carvalho. Músico, cantor, empresário. Com os sócios e colaboradores, promoveu os melhores carnavais fora de época em Boa Vista. Seu canto de qualidade entoou os grandes clássicos da MPB na noite boavistense. Recentemente retornou ao seu estado natal, Paraíba, onde foi vitimado pelo Sars-Cov-2.
Sidinho. Irmão do grande amigo Sérgio Murilo. Alma sem maldade. A última vez que nos vimos foi em um supermercado. Estava usando máscara e luvas. Mas não foi o suficiente para impedir a contaminação pelo Sars-Cov-2.
Nei Costa. Jornalista. Trabalhamos juntos em diversos órgãos da imprensa roraimense. Aprontamos poucas e boas nos bons e velhos tempos.
Dimas Almeida. Servidor público como eu. Conhecido de anos. Ultimamente, quando nos encontrávamos, o assunto era política. Ficou muito abalado pelo dencarne do pai, vítima da COVID, doença sob a qual também sucumbiu.

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