Sou um poeta fecundo,
espargindo mel e flores,
sucumbindo prantos, dores.
Emanando o amor pelo mundo.
Sou também, errante.
Derramo, por vezes, a peçonha.
Boto de lado a vergonha
e me faço um ser lancinante.
Ora, adoro brincar com as cores,
embalado por doce melodia.
Ora, açodo os dissabores,
evidenciando a minha rebeldia.
Sou um bardo sem pudores,
banhado de cachaça e poesia.
Sérgio Murilo