Pensando aqui com meus botões: boa parte dos brasileiros ainda não se deu conta da realidade que estamos vivendo. Ainda creem que estamos na campanha eleitoral para a Presidência, com críticas inconsequentes ao governo eleito, como se Jair Bolsonaro candidato ainda fosse. E com verdadeira adoração ao “de sempre”, como se Lula, Dilma, a bandeira vermelha do PT, de uma hora pra outra, mudassem o rumo da História e tornassem a subir a rampa do Planalto. Ou ainda com o discurso “alternativo” tipo: Ciro Gomes & Cia. Aonde Ciro Gomes, Guilherme Boulos, Haddad, Alckmin e Aécio representam alternativa?
Me sinto parcialmente responsável pela situação a que o País chegou, com a acensão da “esquerda” personificada no Partido dos Trabalhadores, afinal, dediquei todos os meus votos, desde o primeiro, àquela estrela vermelha, na esperança do combate à corrupção, ao coronelismo, ao atraso socioeconômico, pela redução das desigualdades. Foi assim até à primeira eleição de Lula. O Mensalão foi o meu limite.
Não é preciso lembrar que dessa trupe no poder resultou a tragicomédia que amargamos nas últimas décadas. Mas essa consciência passa longe de muita gente – infelizmente, alguns amigos meus, que torcem para que a administração Bolsonaro dê errado, na aposta do “quanto pior melhor”, esquecendo que se o governo e o Brasil afundarem, todos nos afogaremos juntos. Poucos são o que poderão se asilar na Europa com mesada de 10 mil dólares.
E então fico avaliando: qual o real nível de consciência política dessa gente? O que pensam? Como vivem consigo mesmo? Será que acreditam na real inocência de Lula? Ou ainda que culpado, é injustiçado porque “não há provas”? Acreditam, realmente, que o ex-juiz Sérgio Moro o condenou injusta e indevidamente? Que foi imparcial? Há alguns que concordam com as condenações de Palocci, Dirceu, Cunha, Marcelo Odebrecht… pois são “safados, pilantras, ladrões”. Mas Lula… não há provas!
Jair Bolsonaro é o melhor nome, o melhor presidente que poderíamos ter? Ele mesmo responde: “Não! Mas é o que temos”. Foi o que conseguiu desbancar o PT e toda a grande mídia viciada em dinheiro público. Jamais iriam querer Bolsonaro no poder. Toda a grande mídia nacional contemporânea se consolidou a partir da promiscuidade entre o regime militar e a militância de esquerda – os donos e executivos mamavam nas tetas do Estado militar nacionalista de direita, e alimentavam as redações de socialistas-leninistas-marxistas-materialistas-dialéticos à base da ideologia de boteco regada a uísque.
E o pior de tudo é que esse povo fica nessa “masturbação ideológica” – parafraseando o falecido Sérgio Mota – e não se dá conta de que no País a coisa está ficando séria, com a invasão do globalismo e seus grupos cibernético-terroristas, a exemplo dos hackers do Intercept, que procuram “desligar” a Lava Jato e brecar a acensão da direita, com interesses muito além da nossa vã imaginação. Aliás, devo deixar de utilizar estes termos direita e esquerda, uma vez que nada mais têm a ver com a semântica, o sentido histórico empregado. Hoje – pra encerrar de forma chula mas certeira, deixando o aprofundamento do tema para mais tarde – o buraco é mais embaixo!