Rodrigo Janot e o crime que não cometeu

O estopim da Primeira Guerra foi um assassinato que, em si, não teria o condão de promover um conflito bélico de proporção mundial. E o assassinato de João Pessoa? Quem diria que um assunto de caráter estritamente pessoal envolvido em uma uma rixa política local iria assumir dimensão nacional e servir de justificativa para a Revolução de 1930, mudando completamente o eixo histórico do Brasil? Pois é! A História tem os seus caprichos. E se existe uma história caprichosa – e diria MARAVILHOSA! – é a história do Brasil, que o brasileiro, em geral, infelizmente, não conhece. Sugiro o canal do Eduardo Bueno no YouTube. E o momento que vivemos atualmente é um desses caprichosos episódios da história nacional, no qual, talvez, o presidente Jair Bolsonaro não seja o protagonista, mas sim o Supremo Tribunal Federal e o Sistema Judiciário, em tese, o último baluarte da República, que parece estar ruindo como uma casa velha. A minha esperança é a minha própria percepção, como diz o Eduardo Bueno, de que as forças armadas brasileiras são, essencialmente, legalistas. Mas seria viajar demais se sintetizasse uma ruptura em dois nomes: Janot e Gilmar?

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Tá na hora dessa gente bronzeada cair na real

Pensando aqui com meus botões: boa parte dos brasileiros ainda não se deu conta da realidade que estamos vivendo. Ainda creem que estamos na campanha eleitoral para a Presidência, com críticas inconsequentes ao governo eleito, como se Jair Bolsonaro candidato ainda fosse. E com verdadeira adoração ao “de sempre”, como se Lula, Dilma, a bandeira vermelha do PT, de uma hora pra outra, mudassem o rumo da História e tornassem a subir a rampa do Planalto. Ou ainda com o discurso “alternativo” tipo: Ciro Gomes & Cia. Aonde Ciro Gomes, Guilherme Boulos, Haddad, Alckmin e Aécio representam alternativa?

Me sinto parcialmente responsável pela situação a que o País chegou, com a acensão da “esquerda” personificada no Partido dos Trabalhadores, afinal, dediquei todos os meus votos, desde o primeiro, àquela estrela vermelha, na esperança do combate à corrupção, ao coronelismo, ao atraso socioeconômico, pela redução das desigualdades. Foi assim até à primeira eleição de Lula. O Mensalão foi o meu limite.

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