A DISTOPIA DO SÉCULO XXI

Distopia, você sabe o que é? Definição, conceitos e obras
Fonte: https://segredosdomundo.r7.com/disto

Quando a lua estiver na Sétima Casa

E Júpiter se alinhar com Marte

Então a paz guiará os planetas

E o amor guiará as estrelas

Este é o amanhecer da era de Aquário

Idade de Aquário

Recorrentemente me refiro ao século XX. Talvez pelo fato de nele ter nascido. Nele nasceu também o meu primeiro filho. Assim, tenho dois filhos em dois séculos diferentes – nada mal!

Século fascinante, por bons e maus motivos. Tivemos a gripe espanhola e duas guerras mundiais – a Segunda trouxe a reboque a era nuclear. Também não podemos – nunca! – esquecer do holocausto. O comunismo, que derivou para o Leste europeu, Ásia e Sul da América, resultando na Guerra Fria, que de fria não teve nada.

Foi o século das luzes e das trevas. Da belle époque, da geração perdida de Gertrude Stein, Hemingway, James Joyce, Scott Fitzgerald… e da grande depressão de 29. Foi o século de Gandhi, Einstein, Pierre e Mary Curie. Mas também de Churchill, Guilherme II, Hitler, Mao Tse-tung e Stálin. No ocaso, foi o século da utopia, com o movimento hippie em busca da Era de Aquário.

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Dia do Jornalista

Foto: reprodução
Líbero Badaró

Neste 07 de abril comemora-se o dia do jornalista. Reza a lenda que esta data, enquanto deferência à profissão, foi criada em homenagem ao médico e jornalista de orígem italiana Giovanni Battista Líbero Badaró.  Apesar da confusão, não foi nessa data em que Badaró foi assssinado, mas em 21 de novembro de 1830. No dia 07 de abril, em 1831, Dom Pedro I abdicou ao trono brasileiro. Como Badaró fora um ferrenho crítico ao então imperador, atribui-se o seu assassinanto a essa oposição, sem, contudo, qualquer evidência de que Pedro I tivera qualquer participação, direta ou indirieta, no crime. Desta forma, no dia da abdicação, 07 de abril de 1831, a ABI – Associação Brasileira de Imprensa, instituiu a data comemorativa, referenciando-a ao jornalista morto.

Eu (de barba) como repórter, cobrindo o carnaval de Boa Vista, ano 1992. Ainda com sequelas resultantes de uma queda de moto.

A GUERRA DOS GAMBITOS

ANTIGA MÁQUINA DE ESCREVER OLIVETTI LINEA 98 - No estad

O repórter sentou-se à mesa. Apoiou a cabeça com a mão direita, expressando perfil de lamento. Olhou para a olivetti à sua frente. A velha companheira de trabalho nunca lhe parecera tão distante, tão ensimesmada. Tantas vezes suas teclas ditaram-lhe a pauta do dia, boa parte merecendo chamada de primeira página. Mas hoje…

Olhou para o maço de papel jornal ao lado da máquina. As folhas estavam em branco. Acabaram-se as laudas pautadas. Contraditoriamente, foi um alívio, pois agora tinha alguma coisa para teclar. Colocou a folha no rolo da máquina, ajustou o papel e bateu nove pontos, teclando 1 no décimo toque, e assim sucessivamente: 2 no vigésimo, e 3 no trigésimo. Ali estavam definidos os trinta toques da linha, e observou que o espaçamento entre as linhas já estava no número 2. Isto era importante, depois que se tornou free lancer: um dólar por lauda de 30 linhas, pagos tão logo o editor-chefe aprovasse o texto.

Mas o quê escrever hoje? Perdera o melhor amigo, há uma semana. E hoje, justamente hoje, a mulher daquele melhor amigo também morrera. Ela, a quem admirava em secreto, com aquele corpão de dar água na boca. Enquanto rezava para que se recuperasse, às vezes aquele diabinho lhe soprava no ouvido: “Agora é a tua vez! Quem sabe…?” – mas logo espantava o tal diabinho com o anjinho que dizia: “Não deveis cobiçar a mulher do próximo!” E então resolvia o conflito não dando ouvidos ao demônio, nem ao anjo. Só à sua consciência: “Eu vou dar tempo ao tempo. O futuro dirá!”

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A Verdade

Ainda mesmo
quando as palavras
de conforto
se formarem em nossos lábios,
ou os hinos de esperança
cortarem os ares
invocando o nome do Senhor,

Meu coração,
na magnitude da noite
dos vermes terrestres,
permanecerá inquieto

Minha mente,
esse verdadeiro Eu de
insaciável apetite
já não se contenta
com os fenômenos
trazidos pelas lideranças,
pelas doutrinas magníficas
que falam de Deus.

Tampouco suporta
as imposições irracionais
dos dogmas místicos
de palavras doces
que alimentam o paladar,
mas não nutrem o Ser,
essa amplo complexo
que mesmo eu não o entendo em mim.

E se não entendo a mim,
como, então,
entender o Criador?
Sim, pois é este a quem eu busco:
essa inteligência suprema,
causa primária de todas as coisas,
que repousa no vento,
que sopra as palhas do buritizeiro
sobre os verdes campos
do serrado na chuva.

Essa energia que gerou
os corpos harmônicos
na individualidade da massa,
pela mutabilidade das partículas
que levam à evolução do cosmo,
através dos movimentos
da força concentrada
que impulsiona as novas formas
pelas novas necessidades.

Assim,
como peregrino solitário,
penetro nos princípios fundamentais
da Lei maior
que rege as energias cósmicas,
cuja iniciação
oculta-se no momento
da criação.

Para chegar ao Criador
necessário é entender
a própria gênese.