Na hora de pagar, a conta sempre vai pra quem trabalha

Apesar de ser usada pela esquerda como marco de libertação do povo do julgo da realeza, a Revolução Francesa (1794) foi um movimento burguês, basicamente surgido pela insatisfação da burguesia e do campesinato em sustentar a nobreza e o clero, com altos impostos e nenhum retorno.

Dito isto, ontem o Presidente Jair Bolsonaro vetou o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020, cujo teor era a possibilidade de suspensão dos contratos de trabalho, pelo prazo de até seis meses, “para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades responsáveis pela qualificação, com duração equivalente à suspensão contratual”.

O detalhe é que a suspensão não dependeria de acordo ou convenção coletiva. Quanto à remuneração, conf. o § 2º do art. 18, o empregador poderia conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual, “com valor definido livremente entre empregado e empregador, via negociação individual”.

Nesta mesma esteira, o Congresso está discutindo proposta de redução dos salários dos servidores públicos, em até 20%, durante a crise.

Leia mais

COVID-19 é o carrasco dos longevos

Tudo o que sei sobre vírus foi o que aprendi na escola primária, secundária e cursinho pré-vestibular. No cursinho, lembro bem do professor Mozart fazendo um desenho a giz – “O vírus é isto: uma cápsula de proteína”. A característica distinta, pois, é ser acelular, o único “vivente” não composto por célula: é proteína e material genético. Com inigualável mutabilidade, resulta uma excepcional máquina de guerra. Esse assassino que não sente dor, remorso ou culpa por suas vítimas, não ceifa somente vidas, mas liberdade, livre-arbítrio, sonhos e encontros.

Leia mais

Eugenia, COVID-19 e nós

ALDEIA GLOBAL – Quando o filósofo canadense Herbert McLuhan (1911-1980) insculpiu este termo, na década de 60 do século passado, fomentou a ideia de que os avanços científico, tecnológico e das comunicações, reduziam o mundo a uma aldeia, onde as ações têm reações em ampla cadeia, num reduzido espaço de tempo. E o termo nunca foi tão atual, como podemos constatar nesta pandemia do COVID-19.

Outro conceito revivido pela pandemia viral é eugenia, cuja memória a civilização ocidental tenta esquecer desde a Segunda Guerra Mundial. Grosso modo, a eugenia é bifurcada em duas alas: positiva e negativa. A positiva é exemplificada no beneficiamento da espécie humana através de “cruzamentos” entre “matrizes” selecionadas, ou ainda modificação genética, de modo a produzir seres “superiores”. A negativa remonta aos nazistas, que com a solução final tentaram exterminar os judeus, considerados raça inferior, e os deficientes de toda ordem, como forma de “purificar” a raça humana.

Leia mais

Novo Corona Vírus e o eixo Roraima-DF

Desde as últimas segunda e terça-feira os roraimenses têm se debatido contra a decisão prévia do presidente Jair Bolsonaro em não fechar as fronteiras do Brasil com a Venezuela e Guiana, por força da pandemia do COVID-19. No final da terça-feira, afinal, o chefe do Executivo federal decidiu pelo fechamento parcial da fronteira com a Venezuela, liberando apenas para o tráfego de mercadorias. Contudo, ao que pudemos avaliar das notícias divulgadas na imprensa nacional e local, apenas a fronteira com a Venezuela foi parcialmente fechada, ficando para livre trânsito a fronteira com a Guiana, que também deve ser fechada. Isto demonstra mais uma vez o que diz a canção interpretada por Elis Regina – que, aliás, ontem estaria completando 75 anos: “O Brasil não conhece o Brasil”.

Leia mais