Pelos Versos de Vinícius

Parafraseando o Poetinha,

Eu ando triste por te adorar

E a vida insiste em se mostrar

Mais distraída dentro de um bar.

 

O nosso assunto já se acabou,

O que era junto se separou,

O que era muito se definhou.

 

Mas ainda existe um amor que mente

Para esconder que o amor presente

Não tem mais nada para dizer.

 

São os versos do Poetinha

Que os tomo emprestado

Para fazer suas as minhas palavras,

Meus sentimentos, pensamentos,

Devaneios matinais.

Boa Vista, 10/09/2007.

A esquerda conservadora tupiniquim

As experiências de governos de esquerda têm deixado rastros de fome, dor, sofrimento e morte. O totalitarismo não admite alternância de poder, usando todos os meios possíveis para conservar a hegemonia, inclusive assassinato, como pudemos ver nas eleições presidenciais de 2018. Imagem: Iba Mendes.

Ainda estamos em 2018. A transição está sendo gradativa. É preciso que os setores da esquerda conservadora despertem e percebam que as coisas estão mudando, com ou sem “resistência”.

O comentário acima foi escrito na apresentação de um artigo deste blog no Facebook. Um amigo comentou: “Esquerda conservadora é ótimo… kkk”. Eu respondi:

A esquerda é conservadora em toda a nossa experiência histórica, uma vez no poder. Não admite adversários, eleições livres e diretas. Não tolera posições contrárias.

A propaganda ideológica implantou no consciente coletivo que esquerda significa democracia, liberdade de expressão, liberdade de identidade sexual, respeito aos direitos humanos, direito das “minorias” – em uma palavra: progressista –, enquanto direita é sinônimo de conservadorismo social, oposto a todas as liberdades e direitos.

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2018 ainda não acabou

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Em Davos o presidente Bolsonaro fez um discurso conciso, sem malabarismos. Mais importante foi o que se encaminhou nas reuniões setoriais com a equipe de governo. Foto: divulgação.

É clichê, mas 2018 ainda não acabou. Tivemos carnaval, Copa do Mundo, eleições federais, estaduais e muitos, muitos acontecimentos entre um evento e outro. Eventos inéditos, nunca antes vistos na história deste país. O estado de Roraima não deixou a desejar: atraso nos salários dos servidores do Executivo, dívidas bilionárias, prisão do filho da governadora e membros do primeiro escalão, além de duas intervenções federais –  a primeira no sistema penitenciário e, não sendo o suficiente, a intervenção geral, com tropa militar na Fazenda e Planejamento. Por conta do esfaqueamento sofrido durante a campanha, o hoje presidente Jair Bolsonaro acaba de sofrer a terceira intervenção cirúrgica, desta vez para retirar a bolsa de colostomia.

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Nossa linda juventude termina em velhice. Ou não!

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Imagem: https://www.pensador.com/frase/NDQ1/

 

Nossa linda juventude
Página de um livro bom
Canta que te quero
Cais e calor
Claro como o sol raiou

(Flavio Venturini/Marcio Borges)

E então um dia nos olhamos no espelho e não reconhecemos mais a pessoa da juventude. Os cabelos caíram, as olheiras se aprofundaram, a barriga nunca esteve tão grande e a massa muscular já faz falta. E o pior: a libido não é mais a mesma – embora não necessariamente tenha acabado, só não tem mais aquela de “pau pra toda obra”. É quando percebemos que os anos se passaram e nos perguntamos onde e quando vivemos tudo isso.

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A morte do rato e a execução da Fazenda

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Era uma grande e produtiva fazenda, com o mais rico dos solos. Os animais convivam em harmonia, fartura e bonança. Todos os dias o dono jogava milho pra galinha, punha restos pro porco, sal pro boi e pasto não faltava pro cavalo.

Até que um dia o rato comeu algo envenenado e começou a se contorcer. Alimentados e felizes, os outros bichos não deram a mínima, enquanto o dono da fazenda  ignorava o fato.

A cobra, vendo aquele petisco, resolveu fazer uma boquinha e engoliu o rato envenenado. Logo a cobra também entrou em agonia, e os animais não se importaram. A galinha foi bicar o milho, o cavalo saborear capim, o boi se empanturrar de sal, e o porco fartar-se no babujo.

Desesperada e sedenta, a cobra corre até o camburão d’água, no momento em que a mulher do dono da fazenda resolve lavar roupa no giral. Ao enfiar a cuia na água, é mordida pela cobra. Aos gritos de dor e atordoada pelo envenenamento, a mulher é levada pelo marido no cavalo à galope, que cai na ribanceira e sofre fratura exposta. A mulher também tem sangramento e o seu sangue se mistura ao do cavalo, que morre envenenado. Na queda, o dono quebra o pescoço.

Na fazenda não ficou mais ninguém pra dar milho à galinha, sal pro boi, babujo pro porco. Em breve as pragas daninhas tomam conta do solo. A galinha e o porco morrem de sede e fome, e um ladrão abate o boi. Como ninguém pagou a hipoteca da fazenda, o imóvel foi executado pelo banco.

Moral da história: se alguém tivesse feito algo na morte do rato, todos ainda estariam vivos e a fazenda bela e produtiva. Foi assim que aconteceu na gestão Suely Campos: desde sempre se ouviu falar de malversação do dinheiro público e que o Estado virara um balcão de negócios; assunto pra Polícia Federal e Ministério Público.

Então o governo não pagava as terceirizadas; mas os salários dos servidores estavam em dias e ninguém se importou. Depois não estavam repassando o dinheiro dos consignados, nem do IPER (Instituto de Previdência). Com os salários em dias, tudo bem, uma hora vão ter que repassar esses valores. O calendário de pagamento mudou e passamos a receber no dia 10. Até aí… beleza! Era só se adequar.

Os salários da administração indireta atrasaram: fato isolado, são elefantes brancos mesmo. Atraso dos comissionados – quem mandou não estudar pra concurso? E “de repente”… crash! Não tem mais salário pra ninguém! – e a Fazenda foi executada.

Juiz manda desobstruir entrada da SEFAZ, mas esposas de militares resistem

As esposas de policiais militares assumiram o bloqueio da entrada da SEFAZ. Foto: Assis Cabral

Até ontem, 06, o SINTRAIMA – Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima, bloqueava a entrada ou saída de qualquer pessoa na sede da SEFAZ – Secretaria de Estado da Fazenda. Mas a PROGE – Procuradoria Geral do Estado – impetrou ação de interdito probitório requerendo que o sindicato, qualquer entidade ou e/ou pessoa física, não impeçam o acesso de qualquer servidor ou cidadão ao prédio da Secretaria, e de qualquer outro prédio do Estado de Roraima, tanto na capital como no interior do Estado, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Aluizio Ferreira Vieira, acatou parcialmente o pedido, determinando que “o requerido e qualquer outra entidade ou pessoa física se abstenha de impedir o acesso de servidores e usuário, tão somente à Secretaria Estadual da Fazenda Pública, (…), bem como se abstenha de turbar ou esbulhar à posse do prédio da SEFAZ”, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Por conta de tal medida, hoje pela manhã o bloqueio foi assumido pelas esposas de policiais militares e pelo SINTAG – Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado.

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Presidente de Sindicato do Judiciário descarta utilização de fundos para pagamento de salários atrasados

Luiz Cláudio, presidente do SINTJURR: os fundos são institutos legais e não podem ter os recursos remanejados para pagamento de pessoal

Na tentativa de encontrar uma solução para o atraso do pagamento dos salários dos servidores públicos, o presidente do SINTRAIMA – Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima, Francisco Figueira, propõe que os poderes Judiciário e Legislativo abram mão de parte dos seus duodécimos e retirem as ações que impõem bloqueio das contas do Tesouro estadual, assim como, transfira para o Tesouro o que diz ser fundos de aplicação financeira desses poderes.

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Servidores prometem paralisar o Estado de Roraima

Sindicalistas fecham a sede da SEFAZ

Em meio a duas operações da Policia Federal, Escuridão e Tântalo, que investigam o desvio de recursos públicos no fornecimento de marmitas para os presídios, e de gêneros alimentícios da merenda escolar, respectivamente, levando às prisões, inclusive, do filho caçula da governadora Suely Campos, Guilherme Campos, e do ex-secretário adjunto das secretarias da Educação, Fazenda, Casa Civil, e atualmente adjunto do Gabinete Institucional do Palácio Senador Hélio Campos, Shiská Pereira, os servidores do Executivo entram no terceiro mês sem receber os salários e, o pior!, sem quaisquer perspectivas de receber. Alguns servidores da administração indireta, como CERR – Companhia Energética de Roraima, e ITERAIMA – Instituto de Terras de Roraima, já então entrando para quarto mês – 120 dias! – sem receber salários. Por conta disso, nesta terça-feira, 05, expressiva maioria das categorias de servidores públicos resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado, até que se resolva a questão salarial.

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Renuncie governadora Suely Campos!

Governadora Suely Campos, tome a atitude mais nobre do seu governo: renuncie! Em nome e benefício do povo de Roraima.

Não sentimos nenhuma prazer, nenhuma satisfação, mas ao contrário! Sentimos muito pesar em conclamarmos, uma vez mais, que a governadora do Estado de Roraima, Suely Campos, renuncie: RENUNCIE GOVERNADORA! Permita que os servidores públicos das administrações direta e indireta, efetivos e comissionados, vejam alguma luz no fim do túnel, neste finalzinho de ano – e de mandato. A senhora não tem mais o comando de fato do governo. A sua desastrosa gestão naufragou, antes mesmo das eleições. Faltam poucos dias para e entrega da faixa. O que a senhora tinha de fazer, não fez. Pense, pondere, e veja que esta é a atitude que pode apresentar uma possível alternativa para atualizar os salários atrasados, ou ao menos pagar um mês e a segunda parcela do 13° salário. Há servidores que estão há 90 dias – três meses! – sem receber. Ponha a mão na consciência e assine a renúncia!

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A cobra está fumando!

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Pracinha Francisco de Paula: controvérsia sobre o primeiro tiro de artilharia da FEB.

Reza a lenda que enquanto os Estados Unidos pressionavam o Brasil para entrar na Segunda Guerra Mundial, devido à sua posição geográfica estratégica, Getúlio Vargas ironizava: “É mais fácil a cobra fumar cachimbo”. A pressão aumentou, inclusive com ameaça de invasão do território brasileiro pelos EUA. Após torpedeamentos de navios mercantes brasileiros, atribuídos aos países do eixo,  Vargas negociou financiamento para a instalação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – e o Brasil entrou no conflito. Após a declaração, o povo, pra não perder a piada, chacoteava:  “A cobra vai fumar” – o Brasil vai pra guerra. Atribui-se ao pracinha Francisco de Paula o primeiro tiro da artilharia da Força Expedicionária Brasileira, com a inscrição no projétil: “A Cobra Está Fumando…” – o que é contestado por boa parte dos historiadores, alegando que a foto divulgada foi apenas peça promocional da campanha brasileira. O termo se refere a algo difícil de acontecer, e quando acontece traz resultados catastróficos para os atores envolvidos. Mas o fato é que nesta quinta-feira, 29, a cobra fumou aqui em Roraima.

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