O fator Bolsonaro e a ameaça da esquerda

Precisamos manter a serenidade e o senso crítico.

Se perdermos o senso crítico, então não teremos mais nada!

No sábado, 24 de julho/2021, manifestações anti-Bolsonaro se espalharam pelo Brasil, lideradas por “movimentos sociais” e entidades representativas de classe, em “defesa da democracia e do combate à pandemia da Covid-19”, com palavras de ordem pela queda do presidente democraticamente eleito. Teve quebra-quebra, aglomerações com pouquíssimo, ou nenhum, distanciamento, e o surgimento de um novo movimento: “Revolução Periférica”, que ateou fogo à estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo.

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Jair Messias Bolsonaro: a insanidade personalizada

O texto que reproduzo ao final é da autoria do nosso convidado de hoje, o Doutor (com doutorado mesmo!) em robótica Flávio José Soares Aguiar, o qual já nos brindou anteriormente com um texto sobre Nicolau Maquiavel. A crônica foi escrita no intervalo entre a divulgação oficial da eleição de Jair Messias Bolsonaro e a sua posse na Presidência.

A existência deste escrito nos foi revelada numa conversa do grupo de WhatsApp que formamos entre amigos de infância/adolescência: Turma 63/65, pois todos os membros nasceram em 1963 e 1965. Somos, portanto, todos cinquentões. Bem, o Flávio compartilhou o texto no grupo quando eu reclamei que as atitudes do Presidente, sobretudo em relação à pandemia do Corona vírus, associadas à anulação dos processos do ex-presidente Lula – que, ao menos por enquanto, torna-se elegível -, estão viabilizando a volta da esquerda. Eu revelava a minha preocupação com isso, conforme a transcrição de alguns trechos das minhas exposições na conversa, a seguir:

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Homenagem aos amigos que se foram em 2020 – o ano que ainda não acabou

O ano de 2020 ainda não acabou. Estamos sofrendo mais uma onda da COVID-19 e, no que pese as esperanças sobre as vacinas que começam a ser aplicadas no mundo – menos no Brasil -, o futuro, quanto à pandemia, ainda é incerto. Creio que da minha geração até à presente, nunca vimos tantas pessoas desencarnando: em série, quase ao mesmo tempo. São amigos/colegas de trabalho/conhecidos/parentes próximos, distantes/familiares queridos.

Fazemos aqui uma homenagem àqueles que se foram em 2020, antecipando-nos na volta ao plano espiritual. São pessoas com as quais tive contato, em maior ou menor grau. Com várias tive o privilégio de desfrutar da intimidade pessoal, como a querida Marcia Seixas. Me reservo a omitir a causa mortis daqueles que não foram vítimas da COVID. Mas, como forma de alerta, assinalamos os levados por essa doença – que não pode, sob hipótese alguma, ser minimizada.

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Reflexões sobre a pandemia

No início dos efeitos do SARS-COV-2 pensei em escrever um “Diário da Pandemia”, no qual descreveria os acontecimentos diários relativos à pandemia da COVID-19. Então as coisas, rapidamente, passaram de notícias do telejornal da noite para fatos do meu cotidiano. E me acovardei! Diariamente lia nas redes sociais sobre internações e óbitos de pessoas conhecidas, queridas, algumas que fizeram parte da minha vida durante algum tempo, como o querido Paulo Thadeu Neves, que resistiu ao vírus e com quem ainda mantenho laços fraternais. Outras pessoas amigos de amigos, com quem me solidarizei, parentes distantes… e três colegas/amigos/irmãos de trabalho: JOSÉ CARLOS GONÇALVES, REGINA RAMOS e NEWTON MADEIRA.

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Quando o vírus chega, acaba o blá-blá-blá

Segundo os dados divulgados hoje pela Secretaria de Estado da Saúde, aqui em Roraima estamos com 1.984 casos de SARS-COV-2 confirmados, e 60 óbitos, numa taxa de letalidade de 3,024%. Considerando a população estimada em 605.761 habitantes, conforme o Tribunal de Contas da União para cálculo do PFE – Fundo de Participação dos Estados -, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes está em 9,90 mortos por cada 100 mil habitantes.

Estatística do dia 18/05/2020

No Brasil estes números são: 254.220 casos confirmados; 16.792 óbitos – 6,61% de letalidade – e mortalidade de 8 pessoas para cada 100 mil habitantes. Estes dados podem ser acompanhados diariamente no Painel Corona Vírus, do Ministério da Saúde, onde há muitas outras informações e orientações.

Considerando que no mundo, hoje, foram confirmados 4.618.821 casos, para 311.847 mortes, temos uma taxa de letalidade de 6,75%. Na África, são 61.163 casos confirmados, para 1.748 óbitos – mortalidade de 2,86% – gritante subnotificação. Américas, hoje: 2.017.811 casos confirmados, para 121.609 mortes – 6,03%. E Europa: 1.890.467 confirmados, 167.173 mortos – letalidade de 8,87%. Também estes números são apresentados e discutidos na página da OPAS/Brasil.

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Jair Bolsonaro já entrou para a História. Mas com que perfil?

O Brasil está em guerra. O mundo está em guerra. Diariamente centenas de brasileiros morrem em combate. Milhares de seres humanos se quedam ao inimigo comum. No momento em que escrevo, segundo dados do Google, morreram 8.022 brasileiros, para 121.600 casos confirmados – taxa de letalidade 6,60% -, e 48.221 recuperados – taxa de 39,66%. Claro que os números são mais de uma dezena de vezes maiores, penso eu, em virtude da subnotificação dos casos e das mortes, o que pode reduzir a taxa de letalidade. Mas esse vírus existe de verdade, ou é só uma invenção midiática conspiratória?

Se existe ou não existe, a questão se torna secundária quando vemos dezenas, centenas de pessoas morrendo diariamente. E não são somente mortes virtuais, como nos vídeo games ou programas sensacionalistas. São mortes de pessoas próximas, com nome, sobrenome e endereço; entes queridos, parentes de amigos, jovens e velhos, desconhecidos e famosos. Numa guerra dessas, com um inimigo letal e desconhecido, o que mais precisamos é de liderança, alguém que una a Nação e determine as diretrizes a ser seguidas, sob pena da imposição da força do Estado. É assim que funciona no modelo de Estado contemporâneo. Aliás, é assim que funciona entre todos animais gregários, mesmo entre os irracionais, em caso de iminente perigo.

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No fim somos meros mortais

E no final somos simples mortais, como todos os seres viventes. Desde o começo determinei-me a ser alguém vitorioso. Mas em certo momento resolvi ser mendigo e pedir esmolas, como caminho para atingir a iluminação, sob a árvore da sabedoria. Depois, uma pessoa alegre. Aí um intelectual reservado e tímido, cuja obra ficasse para a posteridade, talvez fosse mais adequado. Mas agora decidi ser rico, famoso e bonito! Afinal, sou imortal. Who whants to live for ever?

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COVID-19 é o carrasco dos longevos

Tudo o que sei sobre vírus foi o que aprendi na escola primária, secundária e cursinho pré-vestibular. No cursinho, lembro bem do professor Mozart fazendo um desenho a giz – “O vírus é isto: uma cápsula de proteína”. A característica distinta, pois, é ser acelular, o único “vivente” não composto por célula: é proteína e material genético. Com inigualável mutabilidade, resulta uma excepcional máquina de guerra. Esse assassino que não sente dor, remorso ou culpa por suas vítimas, não ceifa somente vidas, mas liberdade, livre-arbítrio, sonhos e encontros.

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Eugenia, COVID-19 e nós

ALDEIA GLOBAL – Quando o filósofo canadense Herbert McLuhan (1911-1980) insculpiu este termo, na década de 60 do século passado, fomentou a ideia de que os avanços científico, tecnológico e das comunicações, reduziam o mundo a uma aldeia, onde as ações têm reações em ampla cadeia, num reduzido espaço de tempo. E o termo nunca foi tão atual, como podemos constatar nesta pandemia do COVID-19.

Outro conceito revivido pela pandemia viral é eugenia, cuja memória a civilização ocidental tenta esquecer desde a Segunda Guerra Mundial. Grosso modo, a eugenia é bifurcada em duas alas: positiva e negativa. A positiva é exemplificada no beneficiamento da espécie humana através de “cruzamentos” entre “matrizes” selecionadas, ou ainda modificação genética, de modo a produzir seres “superiores”. A negativa remonta aos nazistas, que com a solução final tentaram exterminar os judeus, considerados raça inferior, e os deficientes de toda ordem, como forma de “purificar” a raça humana.

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Novo Corona Vírus e o eixo Roraima-DF

Desde as últimas segunda e terça-feira os roraimenses têm se debatido contra a decisão prévia do presidente Jair Bolsonaro em não fechar as fronteiras do Brasil com a Venezuela e Guiana, por força da pandemia do COVID-19. No final da terça-feira, afinal, o chefe do Executivo federal decidiu pelo fechamento parcial da fronteira com a Venezuela, liberando apenas para o tráfego de mercadorias. Contudo, ao que pudemos avaliar das notícias divulgadas na imprensa nacional e local, apenas a fronteira com a Venezuela foi parcialmente fechada, ficando para livre trânsito a fronteira com a Guiana, que também deve ser fechada. Isto demonstra mais uma vez o que diz a canção interpretada por Elis Regina – que, aliás, ontem estaria completando 75 anos: “O Brasil não conhece o Brasil”.

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