Maiakóvski, o poeta da revolução

Não, não vou falar da poesia de Maiakóvski,
nem da sua biografia, muita menos da sua prematura morte.
Não vou dizer que ele apertou o gatilho,
ou algum camarada por ele o fez, por sua vontade,
contra sua vontade, tanto faz.
O fato é que a bala estourou seus miolos
num gesto de misericórdia, sublime desatar da alma.
A revolução mata seus próprios filhos.

Pela defesa da liberdade sexual!

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) foi um compositor russo autor de primorosas obras musicais: sinfonias, óperas e os balés: O Lago dos Cisnes, O Quebra Nozes e A Bela Adormecida. Sua homossexualidade, assim como a causa da sua morte, são controvertidos. Oficialmente teria morrido em decorrência do cólera. Mas há quem afirme ter sido assassinado. A versão mais recente é que teria passado por um “tribunal de honra” formado por seus antigos colegas da Escola de Direito de São Petersburgo e, ao final, teriam induzido-o a tomar arsênico. Fora a morte por cólera, todas as outras versões envolvem sua sexualidade.

Costumo pensar que não há uma orientação sexual, ou opção sexual.  O que há é a natureza sexual de cada um. Essa natureza deve ser de livre manifestação. Não conheço nenhum homossexual que tenha optado por ser homossexual. Lembro até de uma conversa com uma amiga psicóloga, em que falávamos de Tchaikovsky, da sua música, e então lembrei que ele era homossexual, mas seus irmãos o obrigaram a se casar com uma mulher. Ele ficou tão deprimido que se jogou no mar, numa morte prematura aos 53 anos [1], quando teria ainda muitos anos de magistral produção musical pela frente. “Perdeu a humanidade” – disse eu. “O casamento não era motivo pra suicídio” – completei.

A minha amiga olhou-me com aqueles olhos negros penetrantes – aliás, toda ela é negra e linda! – e me disse: “Te imagina então ser obrigado a casar com um homem e ter que dormir e acordar todo dia com aquela vara do lado”. Refleti por alguns segundos e fui obrigado a concordar: “É… é motivo pra suicídio!”.

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MATEMÁTICA

Mas o encontro contigo
foi tão forte e revolucionário
que meu coração
praticamente parou
e minha mente nos levou
aos campos de girassóis da Ucrânia

E nossas almas,
em sonho
saborearam o chá dos deuses,
tendendo ao limite do mais infinito,
enquanto derivávamos-nos e integrávamos-nos
rumo à assíntota da função poligâmica.

Lula da Silva: uma caricatura de si mesmo

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Foto: divulgação internet.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a sua segunda condenação na Operação Lava Jato: 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt. A pena é decorrente do processo que apurou o recebimento de propinas pelo ex mandatário, benesse configurada pelo sítio de Atibaia.

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Pelos Versos de Vinícius

Parafraseando o Poetinha,

Eu ando triste por te adorar

E a vida insiste em se mostrar

Mais distraída dentro de um bar.

 

O nosso assunto já se acabou,

O que era junto se separou,

O que era muito se definhou.

 

Mas ainda existe um amor que mente

Para esconder que o amor presente

Não tem mais nada para dizer.

 

São os versos do Poetinha

Que os tomo emprestado

Para fazer suas as minhas palavras,

Meus sentimentos, pensamentos,

Devaneios matinais.

Boa Vista, 10/09/2007.

Nossa linda juventude termina em velhice. Ou não!

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Imagem: https://www.pensador.com/frase/NDQ1/

 

Nossa linda juventude
Página de um livro bom
Canta que te quero
Cais e calor
Claro como o sol raiou

(Flavio Venturini/Marcio Borges)

E então um dia nos olhamos no espelho e não reconhecemos mais a pessoa da juventude. Os cabelos caíram, as olheiras se aprofundaram, a barriga nunca esteve tão grande e a massa muscular já faz falta. E o pior: a libido não é mais a mesma – embora não necessariamente tenha acabado, só não tem mais aquela de “pau pra toda obra”. É quando percebemos que os anos se passaram e nos perguntamos onde e quando vivemos tudo isso.

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A morte do rato e a execução da Fazenda

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Era uma grande e produtiva fazenda, com o mais rico dos solos. Os animais convivam em harmonia, fartura e bonança. Todos os dias o dono jogava milho pra galinha, punha restos pro porco, sal pro boi e pasto não faltava pro cavalo.

Até que um dia o rato comeu algo envenenado e começou a se contorcer. Alimentados e felizes, os outros bichos não deram a mínima, enquanto o dono da fazenda  ignorava o fato.

A cobra, vendo aquele petisco, resolveu fazer uma boquinha e engoliu o rato envenenado. Logo a cobra também entrou em agonia, e os animais não se importaram. A galinha foi bicar o milho, o cavalo saborear capim, o boi se empanturrar de sal, e o porco fartar-se no babujo.

Desesperada e sedenta, a cobra corre até o camburão d’água, no momento em que a mulher do dono da fazenda resolve lavar roupa no giral. Ao enfiar a cuia na água, é mordida pela cobra. Aos gritos de dor e atordoada pelo envenenamento, a mulher é levada pelo marido no cavalo à galope, que cai na ribanceira e sofre fratura exposta. A mulher também tem sangramento e o seu sangue se mistura ao do cavalo, que morre envenenado. Na queda, o dono quebra o pescoço.

Na fazenda não ficou mais ninguém pra dar milho à galinha, sal pro boi, babujo pro porco. Em breve as pragas daninhas tomam conta do solo. A galinha e o porco morrem de sede e fome, e um ladrão abate o boi. Como ninguém pagou a hipoteca da fazenda, o imóvel foi executado pelo banco.

Moral da história: se alguém tivesse feito algo na morte do rato, todos ainda estariam vivos e a fazenda bela e produtiva. Foi assim que aconteceu na gestão Suely Campos: desde sempre se ouviu falar de malversação do dinheiro público e que o Estado virara um balcão de negócios; assunto pra Polícia Federal e Ministério Público.

Então o governo não pagava as terceirizadas; mas os salários dos servidores estavam em dias e ninguém se importou. Depois não estavam repassando o dinheiro dos consignados, nem do IPER (Instituto de Previdência). Com os salários em dias, tudo bem, uma hora vão ter que repassar esses valores. O calendário de pagamento mudou e passamos a receber no dia 10. Até aí… beleza! Era só se adequar.

Os salários da administração indireta atrasaram: fato isolado, são elefantes brancos mesmo. Atraso dos comissionados – quem mandou não estudar pra concurso? E “de repente”… crash! Não tem mais salário pra ninguém! – e a Fazenda foi executada.

A cobra está fumando!

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Pracinha Francisco de Paula: controvérsia sobre o primeiro tiro de artilharia da FEB.

Reza a lenda que enquanto os Estados Unidos pressionavam o Brasil para entrar na Segunda Guerra Mundial, devido à sua posição geográfica estratégica, Getúlio Vargas ironizava: “É mais fácil a cobra fumar cachimbo”. A pressão aumentou, inclusive com ameaça de invasão do território brasileiro pelos EUA. Após torpedeamentos de navios mercantes brasileiros, atribuídos aos países do eixo,  Vargas negociou financiamento para a instalação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – e o Brasil entrou no conflito. Após a declaração, o povo, pra não perder a piada, chacoteava:  “A cobra vai fumar” – o Brasil vai pra guerra. Atribui-se ao pracinha Francisco de Paula o primeiro tiro da artilharia da Força Expedicionária Brasileira, com a inscrição no projétil: “A Cobra Está Fumando…” – o que é contestado por boa parte dos historiadores, alegando que a foto divulgada foi apenas peça promocional da campanha brasileira. O termo se refere a algo difícil de acontecer, e quando acontece traz resultados catastróficos para os atores envolvidos. Mas o fato é que nesta quinta-feira, 29, a cobra fumou aqui em Roraima.

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Cortadas as luzes da SEPLAN e SEFAZ. Servidores continuam sem receber salários: o governo é um cadáver em decomposição.

Momento em que técnicos da BOVESA interrompem o fornecimento de energia da Secretaria da Fazenda

Hoje pela manhã a BOVESA interrompeu o fornecimento da energia elétrica para a SEFAZ – Secretaria de Estado da Fazenda, e SEPLAN – Secretaria de Planejamento – do Governo do Estado de Roraima, por falta de pagamento. A ação deve se estender a outros órgão do Executivo pelo mesmo motivo. Com salários em atraso, os servidores nem precisam mais decretar a greve geral. A Boa Vista Energia resolveu a parada!

A polarização da campanha presidencial tirou o foco da eleição local. Nas redes sociais o eleitor pouco se manifesta sobre a preferência por um ou outro candidato ao governo de Roraima no segundo turno. O que ainda se vê são manifestações de cabos eleitorais travestidos de formadores de opinião com postagens que não passam de fofocas de botequim. Talvez a causa seja a falta de opção e a certeza do eleitor de que, qualquer que seja o eleito, as coisas não mudarão substancialmente para a população em geral.

Se um dos candidatos já administrou o Estado e conhecemos bem o seu perfil, o outro não conseguiu empolgar e emplacar a esperança da mudança pra melhor, pois é nítido o seu comprometimento com um grupo econômico, estando longe de representar candidatura popular. Ocorre que qualquer coisa é melhor do que o governo que expira. Na verdade, já expirou. O que vemos é uma administração zumbi, movida a controle remoto.

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População de Pacaraima expulsa imigrantes. Comerciantes venezuelanos fecham as portas alegando insegurança com o retorno dos patrícios e pedem socorro ao Exército e à Guarda Nacional bolivariana

O comerciante Raimundo da Churrascaria foi gravemente ferido com várias pauladas durante o assalto a sua residência.

No último sábado, 18 de agosto/2018, os moradores de Pacaraima, cidade fronteiriça do Brasil com a Venezuela, expulsaram cerca de 1,2 mil imigrantes venezuelanos, segundo o Exército brasileiro, ou 3 mil, conforme os manifestantes. As imagens são comoventes. O estopim foi a tentativa de latrocínio cometida por quatro venezuelanos, segundo a população, contra o comerciante Raimundo da Churrascaria e sua família. Raimundo ficou gravemente ferido e foi transferido para o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. O ato dos brasileiros chegou a movimentar a Guarda Nacional Venezuelana, conforme as imagens.

Com a volta dos imigrantes, os comerciantes de Santa Elena do Uairén, primeira cidade do lado venezuelano, resolveram fechar as portas por tempo indeterminado. Em áudios divulgados nas redes sociais, os comerciantes se mostram apavorados com o número de patrícios – três mil. Dizem que a situação chegou fora de controle e pedem ajuda à Guarda Nacional e ao Exército venezuelanos. Ao que se sabe, dentre os refugiados expulsos de volta, há criminosos que foram soltos devido à falta de comida nas prisões. Os imigrantes entram no Brasil sem qualquer triagem ou exigência de documentos, inclusive certidão de antecedentes criminais.

 

 

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